Com frequência recebo perguntas como “quanto fica para desenvolver um sistema customizado?” ou “em quanto tempo é possível desenvolver tal ideia?”. Certamente antes de respondermos essas perguntas, é necessário fazer uma análise mais aprofundada, fazer entrevistas com o usuário, entender processos e detectar possíveis gargalos. No final, para aqueles que não estão habituados a lidar com desenvolvimento de software, as respostas às perguntas acima costumam surpreender, pois o investimento acaba ficando bem acima do imaginado.
Nesse artigo, irei compartilhar alternativas para acelerar o desenvolvimento da sua ideia, minimizar gastos e como você, cliente, deve participar de todo o processo. Também irei dizer o que esperar dessa abordagem e darei sugestões de como evitar possíveis retrabalhos.
O que é low-code?
O conceito de low-code (ou “pouco código“) vem ganhando cada vez mais destaque. Hoje em dia existem plataformas que atuam como auxiliadoras no desenvolvimento de software que aceleram drasticamente o processo de codificação e consequentemente reduzem custos. Apesar de existir algumas limitações (principalmente limitações de design), elas são alternativas com custo-benefício incrível, capazes de reduzir em até 20 vezes o tempo de desenvolvimento (ou seja, até 20 vezes mais economia). Oracle Apex, Retool e Appsmith são alguns exemplos interessantes utilizados pelos mais diversos segmentos em todo o mundo, desde aplicações internas, como aplicações finais disponíveis publicamente.
Diferente das soluções no-code (ou “sem código“), alternativa low-code propõe o uso de habilidades de programação, ou seja, é importante o envolvimento de uma equipe de desenvolvimento atenta a detalhes como segurança, planejamento e organização do código, habilidades essenciais para evitar inconsistências de dados, efeitos colaterais e manter custos reduzidos.
Além disso, existem várias integrações pré-criadas que aprimoram e facilitam (e muito) a criação do projeto, como por exemplo integrações com banco de dados, fluxo de autenticações, Google Sheets, serviços da AWS, Gateways de pagamentos e muito mais.
Limitações
Ao aderir a alguma dessas soluções, precisamos nos atentar a algumas limitações que essas ferramentas possuem. Irei destacar as principais, porém vale fazer uma análise específica do seu projeto, juntamente à equipe de desenvolvimento:
Componentes e estilos
Vários elementos são previamente disponibilizados para serem usados no projeto, como tabelas, gráficos, elementos de formulários e muitos outros, porém eles já vem pré estilizados e muitas vezes não é possível customizá-los exatamente da maneira que gostaríamos. Ou seja, ao aderir essa abordagem, é necessário que não se espere muito ao que se refere à customização de componentes.
Exibição em dispositivos com tamanhos de tela diferentes (tablets, smartphones, etc.)
Apesar dessa alternativa estar inserida em uma seção de “limitações”, ela funciona muito bem, levando em consideração que estamos falando de desenvolvimento “low-code“, porém nesse caso, algumas coisas podem não ser possíveis.
Limitação de funcionalidades
É muito importante ter uma visão clara do que se deseja desenvolver para que, no momento da escolha, seja selecionada a ferramenta low-code que mais se adeque às suas necessidades. Isso significa que, se você quiser um recurso que não existe na versão atual da ferramenta escolhida, precisará aguardar até que ele seja adicionado em uma versão futura.
Como conduzir o processo de desenvolvimento
Como no processo tradicional, o acompanhamento e planejamento do trabalho de desenvolvimento continua o mesmo, com muita organização, acompanhamento diário do progresso e comunicação transparente. O ponto mais importante que é necessário ter em mente é que o cenário é limitado, porém de maneira geral é possível desenvolver a maioria dos projetos que necessitam de criação, consulta, atualização e remoção de dados.
Outros cenários
Muitos contextos não necessitam do desenvolvimento tradicional, pois além de mais custoso, costuma levar mais tempo. Quando a necessidade consiste em criar uma solução interna para a sua empresa, ou até mesmo criar um MVP (Minimum Viable Product), soluções low-code definitivamente podem ser o caminho mais viável, sendo que geralmente os pontos mais sensíveis ao iniciar um projeto são redução de despesas e agilidade no desenvolvimento.
Conclusão
Vimos que é possível reduzir drasticamente o tempo e o custo no desenvolvimento de aplicações através de ferramentas low-code, porém é preciso alinhar expectativas antes de iniciar um projeto. A viabilidade irá depender do que se deseja construir, mas de maneira geral é possível obter soluções de grande valor para o usuário.
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